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    No primeiro semestre de 2006, iniciamos um projeto baseado na obra de Ian Watt (1995), Myths of modern individualism, seguindo a trilha deixada por Horus Vital Brazil (1992) ao trazer a idéia de personagens permanentes – que por sua rica condensação nos falam de uma história que todos já sabem.

 

    “Quatro personagens – Fausto, Dom Quixote, Robinson Crusoé e Dom Juan Tenório – nos mostram a importância da realização simbólica num determinado contexto cultural que reúne valores. Fausto nos confronta com o desejo de onipotência; Dom Quixote, o cavaleiro de triste figura, nos coloca ante a impossibilidade da manutenção do ideal frente às exigências da realidade; Robinson Crusoé é condenado a viver na solidão e a encontrar através do outro selvagem alguma sensibilidade alteritária, em virtude do seu exacerbado narcisismo; Dom Juan Tenório apresenta o preço a ser pago pelos excessos da atividade desejante que pretendia romper com a metáfora paterna. Esses quatro personagens permanentes, inscritos na grande temporalidade de Bakhtin (1970), possibilitam uma infinidade de interpretações na medida em que não se pode apreender o enigma do desejo. Podemos, sempre, propor mais uma interpretação, procurando, através da psicanálise, dar algum sentido ao que surge num texto criativo, ao que pudemos apreender, já que sempre haverá um resto infinito a interpretar” (Freitas, L. A., 2009, Escritos sobre psicanálise e literatura).

 

. Don Juan – Tirso de Molina

. Fausto (0, 1, 2 e 3) – Johann Wolfgang von Goethe

. Robson Crusoé – Daniel Defoe com posfácio de Michel Tounier

. Dom Quixote – Miguel de Cervantes

Os Mitos do Individualismo Moderno:

2006-2011

 
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