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    Em 1957, quando cursava o ginasial no Colégio Pedro II, passei a me interessar pela literatura machadiana. Muitos livros, da velha biblioteca do consultório dentário de meu avô, vieram às minhas mãos. Dentre eles, havia um exemplar de Yaiá Garcia, ainda com Y, e, após tê-lo lido, fui procurar outros, encontrando também, Histórias sem data, Papéis avulsos e Dom Casmurro.

 

    Com os passar dos anos as questões do microrrealismo psicológico machadiano levaram-me à psicologia, à psicanálise e, em 1997, ao doutorado em Psicologia Clínica na PUC - Rio, onde defendi a tese: Freud e Machado de Assis: uma interseção entre psicanálise e literatura, posteriormente, publicada pela editora Mauad, em 2001. A tese, através de um encontro entre a psicanálise de Sigmund Freud (1856-1939) e os personagens da segunda fase de Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908), pretendeu fazer psicanálise em extensão, ou seja, interpretar as produções que se dão cultura desconsiderando qualquer relação entre curso associativo e atenção flutuante -, enriquecendo assim a obra literária ao produzir novas possibilidades de sentido. Os estudos machadianos prosseguiram através de um pós-doutorado na Faculdade de Letras da UFRJ sobre: A questão da traição feminina nos contos de Machado de Assis.

 

   Em 2004, Sandra Edler e José Durval Albuquerque convidaram-me a participar de um recém criado grupo sobre psicanálise e literatura. Acolhi a idéia com grande satisfação, todavia, compromissos profissionais só me permitiram a entrada três meses, após. O grupo evoluiu, publicou, bem como ganhou certa notoriedade, transformando-se, de forma independente, em 2013, no Psilítera - Oficina de Literatura e Psicanálise.

 

Email: pfreitas@unisys.com.br

 

 

 

Luiz Alberto Pinheiro de Freitas

 

    Psicanalista, mestre em Drogadependência pela USAL- Buenos Aires, mestre e doutor em Psicologia Clínica pela PUC - Rio e pós-doutorado em Ciência da Literatura pela UFRJ. Co-autor de: Grupo sobre grupo (Rocco, 1987); Crise da adolescência (Rocco, 1989); Psicanálise, uma prática teorizada (Cia de Freud, 2007); Capitu (Casa da Palavra, 2008); Quem é Capitu (Nova Fronteira, 2008) e Escritos sobre psicanálise e literatura (Cia de Freud, 2009); Dicionário histórico de instituições de psicologia no Brasil (Imago, 2011). Autor de: As identificações na obra de Freud (SPID, 1997); Freud e Machado de Assis - uma interseção entre psicanálise e literatura (Mauad, 2001) e Adolescência, família e drogas - a função paterna e a questão dos limites (Mauad, 2002).

   

   A literatura surgiu, ainda quando criança, através dos Contos da Carochinha lidos por minha avó Lavínia. Tornei-me um dependente de histórias de fadas, antes mesmo de saber ler. Percebendo meu interesse, minha mãe me deu vários livros de Monteiro Lobato. Inicialmente, velhos alfarrábios escritos em ortografia antiga já antiga e já bastante manuseados pela família dos Pinheiros, sendo a coleçao completa com o passar do tempo.

 

 

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